Capítulo 1
Neurociência Cognitiva.
Neurociência: Citologia e Histologia da Mielina.
Não há tal coisa como ciência livre de filosofia; há apenas ciência cuja
bagagem filosófica é tomada a bordos sem examinação - Daniel
Dennett, Darwin's Dangerous Idea, 1995.
Neurociência.
O
projeto de pesquisa de mestrado, do autor do presente livro se baseia nos
princípios da Neurociência Cognitiva. Especificamente “MAPEAMENTO CEREBRAL”.
Ver trabalho no link:
A
neurociência cognitiva é um conjunto de estudos acadêmicos que se ocupa da
avaliação científica dos mecanismos neuropsicobiológicos subjacentes à
cognição, com foco específico nos substratos neurais dos processos mentais e
suas manifestações comportamentais.
Questiona-se
sobre como as funções psicológicas e cognitivas são produzidas no circuito
neural.
Respeito
às opiniões que coloca a neurociência cognitiva como um ramo tanto da
psicologia quanto da neurociência, unificando e interconectando-se com várias
outras subdisciplinas, tais como a psicologia cognitiva, psicobiologia e
neurobiologia.
Porém
considero a Neurociência Cognitiva como uma especialidade especifica e ampla no
contexto das ciências.
Na
filosofia da ciência, existem várias definições de "protociência”.
Filosofia
da ciência(Φιλοσοφία της Επιστήμης/Filosofía tes Epistémes) é o campo da pesquisa filosófica que estuda os
fundamentos, pressupostos e implicações filosóficas da ciência, incluindo as
ciências naturais como física e biologia, e as ciências sociais, como
psicologia e economia. Neste sentido, a filosofia da ciência está intimamente
relacionada à epistemologia e à ontologia.
Na
verdade o objeto direto da Filosofia da Ciência não é tentar explicar, ela
coloca a problematização nos seguintes
aspectos:
1. A
natureza das afirmações e conceitos científicos;
2. A
forma como são produzidos;
3. Os
meios para determinar a validade da informação;
4. Como
a ciência explica, prediz e, através da tecnologia, domina a natureza;
5. A
formulação e uso do método científico;
6. Os
tipos de argumentos usados para chegar a conclusões;
7. As
implicações dos métodos e modelos científicos para a sociedade e para as
próprias ciências.
Alguns
autores, entre eles, Hollander, Steven I, consideram a protociência como uma
pseudociência, pois segundo eles, pode ter um propósito de ser refutada por
novas provas, ou de ser substituída por uma teoria mais preditiva. Acredito,
concluído por analogia das literaturas examinadas, que a Neurociência Cognitiva
é protociência, pois se compara à ciência alternativa, embora ainda digam que é
considerada altamente especulativa ou mesmo fortemente refutada.
A Neurociência
Cognitiva pode ser considerada protociência, pois vai ao longo da sua história
se tornando uma parte aceita da ciência dominante, no entendimento, por
analogia, do Centro de Ciências da fronteira, Universidade de Temple (1990).
Em
resumo podemos reprisar o pensamento do filósofo da química Jaap Brakel que define
a “protociência como o estudo de critérios normativos para o uso da tecnologia
experimental na ciência."
O Thomas
Kuhn(Thomas
Samuel Kuhn nasceu em Cincinnati, 18 de Julho 1922, e veio a óbito em
Cambridge, 17 de Junho 1996 - , foi um físico e filósofo da ciência
estadunidense. Seu trabalho incidiu sobre história da ciência e filosofia da
ciência, tornando-se um marco no estudo do processo que leva ao desenvolvimento
científico), protocientista,
costuma dissertar que a protociência
"gera conclusões testáveis mas que... no entanto, se assemelham à
filosofia e as artes, em vez de as ciências estabelecidas em seus padrões de
desenvolvimento".
Kuhn
concluiu que na “protociência, como as artes e a filosofia, falta algum elemento que,
nas ciências maduras, permite as formas mais evidentes de progresso...”.
Busquemos
uns exemplos simples, áreas como a química e a eletricidade antes de meados da
década do século XVIII, do estudo da hereditariedade e filogenia antes de
meados do século XIX, ou de muitas das ciências sociais hoje(Referências Hollander, Steven I. (janeiro de 1982).
"Notas sobre a natureza da ciência alternativa". J Geol Ed 30: 6-13.
OCLC 427103550. ERIC EJ260409;
http://web.archive.org/web/20120419010537/http://www2.fiu.edu/ ~ mizrachs
/ truzzi.html sobre a recepção de reclamações não convencionais na ciência],
newsletter Centro de Ciências da fronteira, Universidade de Temple (1990);
Brakel, Jaap, "protoscience e protochemistry ", Filosofia da química:
entre o manifesto e a imagem científica, Leuven Univ Pr, Dezembro de 2000; Thomas.
a crítica e o crescimento do conhecimento, Actas do Colóquio Internacional de
Filosofia da Ciência [realizada no colégio Bedford, Regents Park, em Londres, a
partir de 11-17 julho 1965]. Reprint. ed. Cambridge: [s.n.]. ISBN 0521096235).
Antes
do desenvolvimento de tecnologias como a ressonância magnética funcional, essa
área da ciência, NEUROCIÊNCIA COGNITIVA, era chamada de psicobiologia
cognitiva.
Quase
todas as literaturas científicas indicam que os cientistas que se dedicam a
essa área são originários dos estudos baseados na psicologia experimental ou
neurobiologia, e em alguns casos, outras disciplinas, tais como a psiquiatria,
neurologia, física, matemática, lingüística e filosofia.
A
Neurociência Cognitiva não é pseudociência.
No
entendimento dos publicistas PIGLIUCCI,
Massimo; Boudry, Maarten (eds.); Robert
T. Carroll e Hansson, Sven Ove, se conclui que uma pseudociência é qualquer
tipo de informação que se diz ser baseada em fatos científicos, ou mesmo como
tendo um alto padrão de conhecimento, mas que não resulta da aplicação de
métodos científicos.
Daisie
Radner, Michael Radner. (1982); Robert T. Carroll; PIGLIUCCI, Massimo; Boudry,
Maarten (eds) e The University of Chicago Press, indicam alguns exemplos de
atividades majoritariamente classificadas como pseudociências: pseudo-arqueologia,
pseudo-história, parapsicologia (pesquisa psi, mediunidade, espiritismo
científico, problema mente-corpo), cubo do tempo de Gene Ray, astrologia,
criacionismo, design inteligente, ufologia, homeopatia, grafologia, efeito
lunar, piramidologia e cristais, numerologia, criptozoologia, geologia do
dilúvio, etc.
Há
também alguns campos jovens da ciência (protociência) que são mal vistos por
cientistas de áreas já estabelecidas, primeiramente por sua natureza
especulativa, embora estes campos não sejam considerados pseudocientíficos ou
protocientíficos por muitos cientistas e sejam estudados por muitas
universidades e institutos especializados. São exemplos de protociências a
Exobiologia / astrobiologia, busca de inteligência extraterrestre (SETI) e
Comunicação com inteligência extraterrestre (CETI) e a própria Neurociência
Cognitiva.
Os
métodos empregados na neurociência cognitiva incluem paradigmas experimentais
de psicofísica e da psicologia cognitiva, neuroimagem funcional, genômica
cognitiva, genética comportamental, assim também como estudos
eletrofisiológicos de sistemas neurais. Estudo clínico de psicopatologia em
pacientes com déficit cognitivo constitui um aspecto importante da neurociência
cognitiva.
Conclusão.
Hoje
podemos dizer com segurança que a Neurociência Cognitiva é um Consenso
científico.
No
entendimento da GLossary: Scientific Consensus em GreenFacts: Facts on Health
and the Environment: “…é o julgamento, posição e opinião coletivas da
comunidade científica num campo particular da ciência num dado tempo. Consenso
científico não é por si só um argumento científico, e não faz parte do método
científico; no entanto, o conteúdo do consenso pode por ele mesmo ser baseado
tanto em argumentos científicos como no próprio método.
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